sábado, 30 de outubro de 2010

Oficina G3, retornando da guerra




Se alguém perguntasse: Qual a banda cristã de rock que tem maior representatividade no Brasil?  A resposta indiscutivelmente seria Oficina G3! Outras bandas fizeram nome no cenário gospel, entretanto, algumas caíram em descrédito. Um bom exemplo foi a saudosa Catedral (cover cristão de Legião Urbana), que vislumbrou o sucesso gigantesco  na década de 90, mas acabaram caindo nas garras indústria cultural, uma decisão que não deu certo. Até tentaram voltar atrás... mas a oportunidade só bate na porta uma vez!
O grupo Oficina G3 é diferente. Acompanho suas cantigas desde o início da década de noventa, quando um amigo apresentou-me o disco Indiferença (1996). Quando ouvi a música Espelhos Mágicos, aqueles riffs de guitarra realmente me chamaram a atenção! Até então, não havia tido contato ao universo da música cristã com levadas do rock n’roll. O meu interesse por bandas de heavy metal, alimentou  ainda mais a minha percepção pelo trabalho do Oficina G3.
Talvez o título do novo trabalho (Depois da Guerra), o  grupo tente traduzir os inúmeros obstáculos que já enfrentaram. Um deles é a subseqüente mudança de vocalistas que em um dado momento da carreira buscam por um trabalho solo. Assim aconteceu com o Luciano Manga e o P.G. O que se pode observar é que mesmo com tantas mudanças repetidas, o ideal e amor pelo trabalho do Juninho Afram (guitarra) e o Jean Carlos (teclados), fazem com que suas produções não deixem de acontecer.
Além de serem levitas fabulosos, tem o dom da palavra! Conseguem excitar no público não só a empolgação de um show de rock, mas também a reflexão da necessidade de aproximação ao Nosso criador, Deus.
Confesso que não sou um freqüentador de igrejas, mas tenho meus princípios cristãos. Admiro a postura que os integrantes do grupo assumem. Não deixam calar-se por comentários maldosos de alguns que não acreditam que eles estejam fazendo um trabalho com veracidade, imaginando que querem unicamente ganhar dinheiro e deturpar o comportamento dos jovens cristãos. Mas este julgamento não cabe a nenhum mortal, cabe a Ele julgar. Se Deus ainda permite a existência do grupo, talvez seja porque  Ele tenha um propósito maior. A vontade de Deus é inexplicável.
Tive a oportunidade de assistir 4 shows, e, em todas as vezes percebi que o grupo realmente é ligado nas mensagens que as músicas  transmitem. A estrutura do show é basicamente essa: começa super agitado, tem um momento balada, a pregação (fundamental) e encerra com música pra cima!
Depois de anos eis que enfim retornei a assistir um show do Oficina G3 – quase perco – cheguei já haviam sido executadas umas 4 músicas. Atentamente observei todos os detalhes. A banda como sempre continua super entrosada. Desta vez o destaque foi o vocalista, ele  consegue dar ao grupo uma nova identidade. Talvez a sua influência aliada com os integrantes remanescentes do grupo traduzem o bom resultado.
Em regras gerais gostei do show! Mas ainda sim, fiquei com um pequeno sentimento de decepção. Gostaria de ouvir algumas clássicas da banda. Mas eles optaram por divulgar e consolidar o novo trabalho. Para o público pode até ser uma decepção,  mas para o Oficina G3, isto é a conquista de novas vitórias depois da guerra...

Um comentário:

  1. Legal a tua visão de "não-crente" sobre uma banda "crente" =) .
    Sou suspeita pra fazer né!? Mas como te disse eu curti muito a "nova roupagem" e especial o Mauro hehe.

    Beijo

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